Renovação do Centro de Saúde da Calheta possível com o apoio do Programa Madeira 1420

O Centro de Saúde da Calheta, com data de 1968, altura da sua inauguração, foi fruto da comparticipação de diversas entidades. Desde então, o edifício foi sofrendo alguma degradação natural decorrente da utilização, e nos últimos anos era notório que necessitava de uma intervenção profunda, que oferecesse à população e aos profissionais que lá trabalham, um espaço renovado com instalações de qualidade.
O Governo Regional da Madeira e a Casa da Misericórdia da Calheta, reuniram esforços para concretizar a tão desejada renovação e ampliação do Centro de Saúde da Calheta.
Entrevista com Mário Nunes, Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Calheta.

Custo Total: 3.881.764 €
Custo Total Elegível: 3.853.681 €
Contribuição FEDER: 3.275.629 €


Em que consiste o projeto que foi alvo do apoio?
O novo Centro de Saúde é composto por dois edifícios. No rés do chão do primeiro, funciona o Serviço de Urgência com: um gabinete médico (sala “zero”), sala de recobro e unidade de cuidados pós anestésicos com capacidade para duas crianças, um espaço para tratamento de sujos, uma arrecadação de limpos, vestiários com duches e instalações sanitárias, morgue e alguns serviços básicos de enfermagem. O primeiro andar, construído de raiz, tem: uma sala de tratamentos, quatro gabinetes médicos, quatro gabinetes de enfermagem, um gabinete de psicologia, um gabinete de nutricionismo, um gabinete do Delegado de Saúde, uma sala de reuniões e formação, um gabinete para enfermeira chefe, serviços administrativos e atendimento, sala de espera, espaços para arquivo e arrecadação. Também neste piso, a Santa Casa colocou uma cadeira de estomatologia ao serviço dos residentes na Calheta e concelhos limítrofes.
No segundo edifício, no rés do chão, foi disponibilizado um espaço para refeitório, com respetiva cozinha, sala de fisioterapia e terapia ocupacional, economato e lavandaria, espaços de balneários e vestiários.
O primeiro andar é reservado ao internamento (cuidados continuados), dotado de todos os serviços funcionais e sociais imprescindíveis, onde foi criada uma nova zona de sujos, com elevador e monta cargas independente, e novas instalações sanitárias nos quartos. Este andar tem um passadiço de ligação a um jardim exterior e uma saída de emergência. Todos os espaços asseguram o acesso a pessoas de mobilidade reduzida com segurança, facilidade e sem barreiras arquitetónicas.  Com as obras efetuadas, pretendemos que este equipamento garanta a toda a população, e de forma acessível, consultas médicas de todas as especialidades, melhoramento nos serviços de urgência e também, dos cuidados continuados. Havia uma grande identificação das populações com o edifício e a sua localização, determinantes para a decisão sobre a opção tomada. De modo a facilitar o acesso de viaturas ao Serviço de Urgência, a Santa Casa adquiriu ainda, uma faixa de terreno que permite entradas e saídas independentes. Com esta reformulação, foi objetivo garantir uma melhor qualidade dos serviços de saúde a prestar à população da Calheta.  

Conte-nos o processo desde que surgiu a ideia até a aprovação do projeto.
Com a degradação das instalações, o Governo Regional equacionou a construção de um edifício de raiz que oferecesse espaços condignos para a prestação dos diversos serviços de saúde. No entanto, em conjunto com as “forças vivas” do Concelho, chegaram à conclusão que a melhor opção seria requalificar o edifício já existente, principalmente pela sua localização central, por tratar-se de um imóvel emblemático para a população e por ser menos oneroso para o erário público. Como complemento, ficaria a cargo dos serviços do Governo Regional a elaboração do projeto de arquitetura e a fiscalização das obras, através da Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas.

Em que medida, o apoio da União Europeia foi fundamental para a realização deste projeto?
É claro que para um projeto desta dimensão, a Santa Casa da Misericórdia da Calheta, como proprietária do edifício, não tinha meios financeiros suficientes. Nesse sentido, e em colaboração com os serviços do Governo Regional da Madeira, elaborou uma candidatura a fundos europeus, através do POPRAM 2014-2020, tendo sido aprovada com uma comparticipação de 85% de fundos comunitários (FEDER) e os restantes 15%, da Instituição.

De que forma este projeto é importante para o presente e futuro da população?
Como já foi referido anteriormente, o edifício já não apresentava condições condignas para um bom funcionamento. Com esta remodelação e ampliação, procuramos dotar o imóvel de condições que respondem às necessidades atuais das populações, quer na quantidade de serviços, quer sobretudo na qualidade das instalações, dotando-a de equipamentos modernos e eficazes na poupança energética.

Que opinião ficou da forma como decorreu todo o processo, desde a candidatura até à sua aprovação?
Desde a abertura do aviso, houve sempre uma total colaboração entre as entidades envolvidas (Santa Casa, Governo Regional e IDR), designadamente na análise criteriosa e transparente de todo o processo.
Desde a primeira hora, houve sempre abertura por parte do IDR para dar apoio e os esclarecimentos solicitados, designadamente nas situações que foram aparecendo durante a execução do projeto.

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